O animal simbólico das festas de fim de ano, a rena, está passando por maus bocados com o aquecimento global, segundo estudo apresentado no encontro anual da British Ecological Society (BES) em Liverpool e publicado na revista Global Change Biology. A população está diminuindo, e aqueles que estão nascendo ficam cada vez menores.
Pode estar em perigo de extinção? Talvez. Vamos ver por quê.
A rena que nasceu no Ártico da Noruega em 1994 pesava 55 kg, mas o que fez em 2010 pesava doze por cento menos, ou seja, 48kg. 12% pode parecer pouco, mas deve-se levar em consideração que para este animal o peso é muito importante para a reprodução e sobrevivência da espécieComo afirma Steve Albon, o líder do estudo, que acrescentou: "Relatórios mostram que quando o peso médio dos adultos é inferior a 50 kg, a população sofre uma queda acentuada."
As temperaturas da superfície do Ártico são, de acordo com cientistas, 2,8 graus Celsius mais altas do que em 2015, então a rena tem cada vez mais problemas para se alimentar de líquenes e musgos, uma vez que já não estão ao seu alcance, uma vez que são colocados sob uma camada de gelo durante o inverno. Um gelo que cai nas paisagens nevadas que impede a alimentação desses animais.
A fome pode causar um aborto, ou fazer com que o bebê nasça com um peso muito menor do que o normal, tanto que 61.000 renas morreram de fome apenas na Península Yamal, na Sibéria, durante o inverno de 2013 a 2014 devido a fortes chuvas na neve.
A equipe acompanha a rena do Ártico desde 1994, capturando e medindo-a desde os 10 meses de idade, a rota que ela fazia a cada inverno e a que fazia para retornar no ano seguinte levando em consideração seu tamanho e peso.
Você pode ler o estudo completo clique aqui (em inglês).