À medida que as temperaturas médias globais aumentam devido ao aquecimento global, as secas devem se tornar mais frequentes e severas em muitas regiões do planeta. Há um novo estudo que indica que ecossistemas terrestres demoram mais para se recuperar das secas recentes do que no século XX.
O aumento das temperaturas médias do planeta pode fazer com que os ecossistemas não se recuperem totalmente. Isso levaria à morte de árvores e, portanto, a uma maior emissão de gases de efeito estufa.
Depois da seca
A equipe de Christopher Schwalm, do Woods Hole Research Center, em Falmouth, Massachusetts, Estados Unidos, e Josh Fisher, da NASA, do mesmo país, mediu os tempos de recuperação após secas em várias regiões do mundo. Para medir isso, foram utilizadas projeções de modelos climáticos e medições do solo.
A conclusão da pesquisa é que está demorando cada vez mais para que quase todas as áreas de terra se recuperem após um período de seca. Existem duas regiões especialmente vulneráveis a esse fenômeno. Esta é a área dos trópicos e das altas latitudes do norte. Nessas duas áreas, o tempo de recuperação após um evento de seca foi muito mais longo do que nas outras.
Do espaço você pode ver todas as florestas do planeta e outros ecossistemas que são atingidos por secas de forma repetida. À medida que as temperaturas médias do planeta aumentam, as secas se tornam mais frequentes e intensas.
Dados para o futuro
Os dados coletados no espaço permitem verificar aquelas simulações do clima passado e atual, que, por sua vez, ajudam a reduzir a incerteza nas projeções climáticas futuras.
O tempo de recuperação de um ecossistema é um parâmetro crucial para se poder avaliar a possibilidade de sobrevivência do mesmo em situações extremas. Também ajuda saber o que é o limiar onde as árvores começam a morrer por falta de água.
Períodos mais curtos entre as secas, combinados com tempos de recuperação mais longos, podem levar à morte generalizada de árvores, reduzindo a capacidade das áreas afetadas de absorver o carbono atmosférico.