O que é um tributário

Quando fazemos estudos hidrográficos levamos em consideração a união de alguns rios com outros. Inicialmente, quando um ou mais rios se juntam, é considerado como afluente aquele rio que tem menos importância. No entanto, isso tem muitas exceções, como veremos ao longo do artigo.

Neste artigo, vamos dizer o que é um afluente e quais características são consideradas para nomear um afluente de outro rio.

O que é um tributário

Trechos de rios

Quando um ou mais rios se juntam, normalmente, o menor é considerado afluente. A importância de um rio ou de outro reside no tamanho do fluxo, no comprimento ou na superfície de sua conta. Aquele com a menor vazão, comprimento ou menor contagem será o afluente na junção de um rio. No entanto, nem sempre é esse o caso. Podemos ver alguns exemplos como o rio Mississippi, cujo afluente é o rio Missouri e tem 600 quilômetros de extensão e uma bacia três vezes maior.

Também encontramos os rios Minho e Narcea, que são mais curtos e com menos vazão que seus afluentes, o Sil e o Nalón, respectivamente. Todas essas exceções nos fazem ver que a importância de um rio é quase sempre uma questão de toponímia, ou seja, não há uma lógica irrefutável sobre qual rio é o principal e qual é seu afluente.

Os termos usados ​​para indicar a situação do tributário em relação ao fluxo principal são geralmente: tributário esquerdo ou direito, tributário esquerdo ou direito. Assim podemos saber em que parte o rio de menor importância se incorpora ao de maior. O que esses termos fazem é definir, do ponto de vista das águas que ele deu, a menor inclinação em relação à direção em que o curso do rio está se movendo.

Como os afluentes estão dispostos?

Tributário de rios

Quando falamos de um rio principal e todos os seus afluentes, temos que ordenar dos mais próximos da nascente do rio aos mais próximos da foz. Eles geralmente são organizados em uma hierarquia. Temos tributários de primeira ordem, segunda ordem e terceira ordem. O tributário de primeira ordem é o menor em tamanho. A segunda ordem é aquela composta por dois ou mais afluentes que acompanham a primeira ordem e se combinam para formá-la. A terceira ordem é a mais importante e a maior.

Outra forma de ordenar e organizar os afluentes de um rio é da foz até a nascente. Desta forma, estaremos dando a ele uma estrutura dendrítica. Uma maneira mais aplicável de usar os dois métodos é dividi-los por lados: afluentes que chegam da esquerda ou da direita desde que sua cabeceira ou nascente esteja na direção da foz do rio principal. Esta é uma forma de classificar os afluentes que têm a ver com a assimetria fluvial dos rios na confluência de dois ou mais deles. Existem alguns rios que deságuam no rio principal depois de percorrerem longas distâncias.

Sempre se disse que a nascente de um rio começa na montanha e termina no mar. Nem sempre precisa ser assim. No caso de rios que são afluentes de outros rios principais, constatamos que a foz não termina no mar, mas no curso de outro rio que alimenta o fluxo. É comum ver rios no hemisfério norte cuja margem principal fica à esquerda e forma um ângulo muito agudo com a foz. A maioria dos rios que são afluentes de outro pela margem direita forma um ângulo quase sempre reto. Todas as exceções devem-se às características do relevo.

O que é um efluente?

Efluente

Assim como definimos o que é um efluente, devemos dizer o que é um efluente. É exatamente o oposto. É um desvio natural ou artificial que flui da corrente principal de um rio maior por um rio menor. Na maioria dos casos, quando ocorre um efluente natural, ele ocorre em áreas próximas aos deltas de rios. Também há casos em que, por causa do relevo, pode ocorrer também em outros trechos do rio. Alguns exemplos deles são o rio Casiquiare no que diz respeito à Rio Orinoco.

É mais comum vermos efluentes de origem artificial para aproveitamento de água para agricultura e pecuária. Isso cria um canal de abastecimento de água em regiões relativamente remotas do leito do rio principal.

Pesquisa e estudos

Nos últimos anos, veio à tona a possibilidade de que o rio Amazonas possa ter alguns afluentes em níveis subterrâneos. Esses afluentes datariam de muitos anos atrás e percorreriam quilômetros. Há um estudo realizado por cientistas no Brasil que chegou à conclusão de que há muitos anos existia um rio subterrâneo de cerca de 6000 quilômetros de extensão localizado a milhares de metros de profundidade.

Esses estudos serão realizados em diferentes poços de petróleo que vêm sendo utilizados desde a década de 70. Graças à perfuração foi demonstrado que existem movimentos 4000 metros abaixo do rio. Esse rio subterrâneo se chamava Hamza e foi batizado em homenagem ao diretor de todas as investigações e que, por sua vez, pode ser quem deu a ideia de que poderia haver movimentos de água subterrânea. Ele fez questão de confirmar a existência desse rio e pode-se dizer com absoluta certeza que toda a floresta amazônica é alimentada por água de duas bacias: o rio Amazonas e o rio Hamza.

Como você pode ver, os afluentes de um rio não precisam ser estritamente menores, com menor vazão ou menor tamanho de conta, mas dependem de outros condicionantes para isso. Espero que com essas informações você possa aprender mais sobre o que é um afluente e sua importância para a hidrogeografia.


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