A mudança climática, embora acabe afetando a todos nós, as crianças serão o grupo populacional mais vulnerável. Altas temperaturas, ondas de calor, secas, inundações, assim como a qualidade da água e do ar terão um grande impacto sobre os mais pequenos, especialmente nas áreas mais pobres.
Até 2030, é esperada uma redução da produção agrícola entre 10 e 25%, o que deixará quase 95.000 mortes adicionais de crianças menores de 5 anos de idade devido à desnutrição, de acordo com um relatório da UNICEF.
Consumindo mais do que precisamos, a menos que as coisas mudem precisaremos de 1,6 planetas para satisfazer nosso modelo de consumo atual. O planeta Terra não é ilimitado: água, solo, tudo o que vemos tem seus limites. Com o aumento da população humana, o impacto sobre o meio ambiente será maior e, portanto, os recursos disponíveis serão escassos. Não apenas na África, mas em todo o mundo.
Segundo a diretora de Políticas de Conscientização e Infância do Comitê Espanhol do UNICEF, Maite Pacheco, »A mudança climática tem o potencial de minar os avanços que foram feitos na sobrevivência infantil em todo o mundo e também afeta as crianças na Espanha".
No país espanhol, a temperatura média pode subir 5 graus Celsius até 2050. Se isso acontecer, bebês prematuros podem sofrer sequelas de desenvolvimento neurológico ou problemas respiratórios. Além disso, crianças com menos de 14 anos podem ser hospitalizadas por causas gastrointestinais.
Poluição atmosférica em Barcelona, Espanha
Crianças e adolescentes que vivem no Mediterrâneo são muito vulneráveis: o aumento do nível do mar como consequência do derretimento dos pólos colocará suas vidas em risco.
Além disso, o aumento das temperaturas fará com que as alergias e doenças respiratórias aumentem. Esses efeitos, que serão agravados pela poluição urbana, obrigarão os hospitais e serviços médicos a se adaptarem e agirem.
Você pode ler o relatório clique aqui.