Além dos modelos e previsões, há uma parte da meteorologia que engancha. Certamente, todos nós já experimentamos essa parte em algum momento, porque se trata simplesmente de olhar para o céu. Com este gesto, aos poucos podemos intuir quanto tempo esse dia nos espera, e tomar as medidas cabíveis para nos sentirmos bem.
Porém, para descobrir todos os segredos que este maravilhoso mundo esconde, há um homem chamado Vyacheslav Korotki que decidiu viajar nem mais nem menos do que para o norte: onde a neve ártica experimenta o lado mais romântico do clima continuamente. Porque ele não é um meteorologista qualquer.
Como se tentasse fugir das cidades, Korotki é um homem que ama a solidão. Com a idade de sessenta e três anos, ele viveu em navios russos e agora em um posto avançado do Ártico russo chamado Khodovarikha, onde foi enviado pelo estado para medir temperaturas, neve, ventos, ... enfim, para fazer o seu trabalho. A cidade mais próxima fica a uma hora de distância de helicóptero, o que não parece incomodá-lo em nada: quando vai visitar a esposa, que mora em Arkhangelsk, não consegue encontrar a harmonia entre o trânsito e o barulho.
A fotógrafa Evgenia Arbugaeva, que cresceu na cidade ártica de Tiksi, queria se aproximar mais da vida desse homem. Ele passou duas longas estadias com ele, e o que descobriu foi surpreendente: Korotki não era um eremita solitário que fugiu para o norte por causa de um grande drama, mas porque não se sentia em casa nas cidades modernas. Ela até disse isso era como se fosse o vento ou o próprio clima. As fotos que você vê neste artigo foram tiradas por esta mulher.
E você, seria capaz de ir para o outro lado do planeta por sua paixão?