Durante o verão, o corrimento glacial é algo completamente normal. As temperaturas mais altas fazem com que o gelo derreta rapidamente. Mas durante o inverno o mar nos pólos volta a congelar, ou pelo menos era o que acontecia até os humanos terem um impacto tão grande no meio ambiente.
Um grupo de cientistas espanhóis verificou que a descarga glacial de ambos os pólos se estendeu para fora da temporada de verão. Há uma década, os valores máximos de vazão eram registrados nos meses de julho e agosto. Agora vai de junho a outubro.
As últimas medições desses profissionais com o projeto Glakma (GLAciares, CrioKarts e Meio Ambiente) parecem indicar que a tendência pode continuar a se expandir ainda mais: no último mês de maio os valores registrados foram mais típicos do início do verão. Esses dados de descarga glacial no hemisfério norte estão sendo realizados nas geleiras do Ártico sueco, calota de gelo Vatnajökull (Islândia), geleiras em Svalbard (Noruega) e no norte dos Urais (Rússia).
Por outro lado, no hemisfério sul, as medições são feitas em três geleiras localizadas na Antártica insular, Patagônia Argentina e Patagônia Chilena. Assim, eles podem ter uma rede de observação de geleiras em ambos os hemisférios, que permite ter um controle comparativo da descarga de geleiras de acordo com a evolução do clima. Um clima que está cada vez mais quente em muitas partes do mundo, tanto que com o degelo o nível do mar sobe.
O aumento do nível do mar já está sendo medido. O aquecimento global está ocorrendo. Conforme relatado por GLACKMA, para medir a evolução do aumento das temperaturas, qualquer uma das duas variáveis intermediárias poderia ser usada, que são a temperatura ambiente e a descarga de líquido glacial. A última é uma variável muito estável, de modo que os valores líquidos máximos e mínimos são obtidos.